O culto nasceu da independência de Oyá do poder dos homens. As façanhas que dão a ela o domínio dos ancestrais são muitas, mas a mais conhecida é a de que o próprio Rei da Terra lhe deu esse poder.
Oyá morou com Odé, com quem aprendeu a caçar. Com Oxaguiã aprendeu a usar a mente e a pilar as folhas. De Ossanha aprendeu alguns segredos das folhas. Com Ogum aprendeu a lutar e pegou de Xangô o poder sobre o raio e as tempestades.
Oyá mostrara pra todos os homens que era auto-suficiente e que não dependia deles. Mas de todos os reinos só não tinha recebido o dom do próprio rei da Terra. Chegou ao reino de Obaluaê confiante, e logo se chegou para o senhor que não expressava nada.
Oyá que sempre fora muito sensual começou a dançar, mas nem isso fez com que ele se curvasse a seus encantos. Ela, já sem alternativas dançou pelos sete cantos da Terra, dança que nenhum homem jamais resistiu e poucos foram testemunha, mas NADA.
“Por quê? Por que não te atraio? Ou não me vês?”
Obaluaê se dirigiu a ela e disse:
“És linda. Mas não é assim que conseguirá nada de mim”.
Oyá então postou-se de joelhos e implorou que Obaluaê a ensinasse algo. Foi então que esse lhe deu o Eruexim e disse: A partir de hoje controlará os espíritos. Será a guardiã do limiar da morte. É dever de Oyá guiar as almas para os planos espirituais. Desde então ela (algumas qualidades) tem o dever de guiar os mortos para o Orún (céu).
Eparrey!
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