Ilê Axé Omidewá lança Ponto de Leitura Ancestralidade Africana no Brasil, visando preservar e dar maior visibilidade aos saberes históricos e ao patrimônio cultural que subsiste na memória dos povos e comunidades tradicionais.
Segundo a secretária de Políticas para as Comunidades Tradicionais, Silvany Euclênio, a instalação de Pontos de Leitura Afros nessas localidades colabora para a preservação e para dar maior visibilidade aos saberes presentes na história dos povos tradicionais. “Contribui para a salvaguarda do patrimônio cultural que subsiste na memória das comunidades, nas narrativas transmitidas de geração a geração e que, na maior parte das vezes, são ignoradas pelos registros históricos”, declarou.
O programa é uma ação transversal dentro do MinC, que envolve a FBN Programa Livro, Leitura e Literatura, o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), e a Secretaria de Cidadania Cultural. A iniciativa conta com um acervo suplementar composto por mais de 600 livros relacionados à cultura de matriz africana, além do Kit tradicional dos Pontos de Cultura, que contêm 650 livros, mobiliário para sala de leitura, um computador e impressora.
Cooperação
O programa Pontos de Leitura Ancestralidade Africana no Brasil é parte do acordo de cooperação firmado entre a FBN/MinC e a SEPPIR no âmbito da campanha Igualdade Racial é pra Valer. A Secretaria de Cidadania Cultural do MinC apoia a iniciativa com R$ 300 mil, aplicados na produção e registro da memória das comunidades contempladas. A FBN visita às localidades e realiza uma pesquisa que reunirá informações a serem incorporadas ao acervo dos Pontos de Leitura. Já a SEPPIR participa com financiamento da compra do acervo temático, no valor de R$ 200 mil.
Os Pontos estão localizados em comunidades tradicionais, quilombos e terreiros. Além da unidade recém-instalada em João Pessoa, existem mais 9 pontos funcionando na Comunidade Egbe Ilê Ya Omi Dayol Ase Obalayo, em São Gonçalo (RJ); Centro Memorial de Matriz Africana 13 de Agosto, em Porto Alegre (RS); Comunidade Quilombola Mesquita, na Cidade Ocidental (GO); Quilombo do Curiaú (AP); Associação Santuário Sagrado de Pai João de Aruanda, em Terezina (PI); Comunidade Aceyoni, em Belém (PA); Quilombo do Macucu, em Minas Novas (MG); Comunidade Quilombola Serra do Apom, em Castro (PR); e Comunidade Ilê Ede Dudu – Centro Cultural Orunmila, em Ribeirão Preto (SP).
No dia da inauguração do espaço (31 de março último), na Paraíba, a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde – Núcleo Paraíba, lançou o vídeo “O Cuidar nos Terreiros”, cujas cenas mostram práticas tradicionais dos terreiros e sua importância como espaços de preservação do acervo cultural visualizado nas línguas, cânticos, lendas, na utilização de folhas, vestimentas e na relação com a natureza.
Ponto de Leitura paraibano é um entre nove em funcionamento no país
FONTE: SEPPIR

Mesa composta por: Eudelucy Leal (representante da RENAFRO/PB); José Roberto (representando a Secretaria da Mulher do Estado da PB); Luana Arantes (Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais – SECOMT; Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR); Iyá Lúcia de Oxum (Ilê Axé Omidewá); Mariah Marques (representando o Secretário da Cultura do Estado da PB); Ogan Wellington (representante do Ilê Axé Opô Afonjá); Socorro Pimentel.
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