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dez
09

Vitimização

Todo comportamento humano é gerado através da concepção de nós e da nossa realidade, porem existem dois pólos distintos me atrevo a dizer bem distintos: nós e aquilo que podemos ser de nós, o que nos cerca, e nossas relações com ás outras pessoas. Portanto nossa postura dependerá de como vamos estabelecer esta relação, entre nós e os outros, nossa família, a sociedade, entre as coisas, trabalho, entre nós e a realidade externa. Nossa maneira de sentir e de viver depende de como cada um de nós lida com esta relação entre essas duas partes da realidade. Uma das formas que aprendemos de nos relacionarmos com os outros é a postura que designamos por Vítima. Então o que é a vitima? Quem é a vitima? Vítima é a pessoa que se sente inferior à realidade, é a pessoa que se sente esmagada pelo mundo externo, é a pessoa que se sente impotente face aos acontecimentos, é aquela que se acostuma a ver a realidade apenas em seus aspectos negativos. Ela sempre pensa que sabe o que não deve o que não pode o que não da certo. Vê tão somente a sombra da realidade, em paralelo tem uma incrível capacidade para diagnosticar os problemas existentes. Esta latente uma incapacidade estrutural de procurar o caminho das soluções e, neste sentido, ela transfere os seus problemas para os outros; transfere para as circunstâncias, para o mundo exterior, a responsabilidade do que lhe está acontecendo. El@ não assume a sua posição na vida, culpam os outros pelo que está acontecendo no seu modo de encarar e perceber a vida. Sendo está sua postura da justificativa. Quando nos justificamos fica bem claro o sinal de que não queremos mudar. Para não assumirmos o erro, justificamo-nos, ou seja, transformamos o que está errado em injusto e, de justificativa em justificativa, paralisamos, impedimos-nos de crescer. Toda Vítima é incompetente na sua relação com o mundo externo. Enquanto colocarmos a responsabilidade total dos nossos problemas em outras pessoas e circunstâncias, tiraremos de nós mesmos a possibilidade de crescimento. Muitas mais simples e fáceis vão procurar mudar as outras pessoas. Como nasce esta postura? Elas provem do sentimento de solidão. Se da pela nossa negação de nós mesmos em não assumires as responsabilidades para com nossa própria vida, por nossos reveses, altos e baixos, bem e mal, alegrias e tristezas; é quando a nossa felicidade se torna dependente da maneira como os outros agem; é quando condicionamos nossa felicidade e paz interior ao comportamento dos outros, à ação dos outros, quer eles sejam nossos amigos, nossos filhos, nossos pais, nossos com companheiros de jornadas, nossos colegas de trabalho ou quaisquer outras pessoas que conosco se relacionam. Então as pessoas não fazem ou mesmo agem como nós queremos em nosso padrão, o resultado é expresso nos tornamos infelizes e nos colocamos no papel de sofredores, posto que nunca sejamos os responsáveis por nossa felicidade transferimos esta responsabilidade para nosso próximo. Sendo assim disfarçamos nossa própria felicidade e surge uma postura de vitima uma mascara que criamos para não assumirmos a realidade que nós somos difíceis. Sim, eu sei e vocês sabem que toda relação é bilateral seja entre nós e a família, sociedade enfim o mundo que nos cerca. O fato de o mundo externo nos apresentar aspectos negativos não quer dizer que não sejamos perfeitos e o fato de nós possuirmos uma deficiência não significa que o outro também a possua. Essas duas partes da mesma realidade não são antagônicas, não é uma simples relação causal e sim, complementar e integrada. O maior mal que fazemos a nós próprios é usarmos as limitações de outras pessoas do nosso relacionamento para não aceitar a nossa própria parte negativa. Sendo assim nos valemos de todo um sistema para ser nosso bode expiatório e aí “criamos” nossa zona de conforto para o sofrimento. A pessoa que se coloca neste papel é um lamentador contumaz, está sempre queixoso, muito mais cômodo do que tomar as rédeas de sua vida e resolver os problemas. El@ se vale deste papel para controlar o sentimento alheio, se coloca no papel de dominad@, frac@, mas não se enganem é só um modo de dominar o sentir do seu próximo e suas situações. Estas pessoas têm um desânimo de lutar para crescer, estão sempre recomeçando e a culpa não é delas são perfeccionistas sendo que a não aceitação dos erros de seu próximo, desistem de si e dos que estão aos e redor onde quer que estejam ou cheguem. Chegam ao ponto de torturar outros relativamente àquilo que as outras pessoas deveriam ser. O mundo para el@s tem um modelo projecionado e criado em seus moldes e aí do mundo senão se enquadrar neste modelo “ideal” que foi criado, nada mais é que seu modo de fugir da realidade. Luta e muito em busca de que as pessoas sejam o que el@ não é. Cômoda esta posição que a vitima se coloca perante as relações humanas, uma postura onde e quando não estamos presentes não valemos nada somos objetos da situação. Simples porque queremos ser o todo e o incrível é que com isto se colocam novamente na situação de ser nada. Mas, quero dizer que toda dificuldade e limitação que nos chega são os desafios para nosso desenvolvimento, quando assumimos a autoria de nossa historia e realmente estivermos presentes mesmo frente ao pior sistema que nos cerca digo mais ainda temos que fazer o melhor, competência talvez seja a palavra. Não é impositivo da vida que quando nosso filho não o que desejamos que tivessem que ser competentes como pais, e assim por diante em todas nossas relações. Enfim quanto pior for um aluno, mais competente deve ser o professor. Meus caros deveram e aqui não me excluo colocarmos em posição de buscarmos nosso crescimento e tornarmos a deficiência alheia como um modo de incentivo para nossas próprias mudanças.

A vida é nosso maior presente e aceitarmos que somos humanos, só pode ser feliz apesar de alguma coisa, quando somos o que somos, e nunca o que os outros desejam que sejamos e possamos viver e aceitar a co-autoria que existe entre nós e o mundo, fazendo uma síntese com tudo que a vida nos dá e rodeia.
Axé.

 

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