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Itan sobre Ewá

“Ewá, assim, como Oxumarê, é filha da Orixá Nanã. Ewá é o horizonte, o encontro do céu com a terra. É o encontro do céu com o mar. Ewá era bela e iluminada, mas era solitária e muito calada. Nanã, então, preocupada com sua filha, pediu a Orunmilá que pusesse um amor em seu caminho, que arranjasse um casamento para Ewá. Mas Ewá gostava de sua solidão e queria, na verdade, viver só; dedicando-se unicamente à sua nobre tarefa de trazer a noite ao horizonte, e de mandar o sol se pôr com sua magia. Nanã, porém, insistia em casar a filha. Então, Ewá pediu ajuda a seu irmão Oxumarê. Dono do arco-íris, Oxumarê escondeu Ewá no lugar onde termina o arco de seu corpo. Escondeu Ewá por trás do horizonte e Nanã nunca mais pôde alcançá-la para impor-lhe esse casamento indesejado. Assim, os dois irmãos passaram a viver juntos; lá onde o céu encontra a Terra, de onde ela traz a noite com seu adô.

Pèlé ‘nbo Ewá a níre o
Òrìsà yin a ‘nbo Ewá
Ewá a níre o

Delicadamente cultuamos Ewá
por estarmos felizes
Orixá estamos cultuando-vos Ewá
Ewá estamos felizes.”

(Reginaldo Prandi, “Mitologia dos Orixás”).

Extraído de Simone Santos.

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