O Ilê Axé Omidewá está em festa por conquistar mais um caminho, é o Ponto de Leitura que nos trás mais conhecimento através dos livros que recebemos com a parceria da SEPPIR (SECRETARIA DE POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL) e o IPR (Instituto de Políticas Relacionais). Os livros estão disponíveis para os filhos se dedicarem a leitura e aprimorar seus conhecimentos ou atiçar a vontade de ler mais sobre sua religiosidade e suas raízes com um vasto acervo.
Passou em Dezembro de 2012 por nossa casa de axé um grupo de pesquisadores do Instituto coletando dados entre terreiros e quilombos, apenas 10 estados concorreram para criar um ponto de leitura, paralelamente houve outro edital que está ligado com a fundação biblioteca nacional e fazer a memória ancestral desses pontos. No Brasil inteiro cada lugar está sendo visitado pelos pesquisadores Macapá, Belém, João Pessoa (ilê Asé Omidewá, o único terreiro da Paraíba escolhido) e estavam indo para Teresina).
O projeto consiste em coletar depoimentos para tentar resgatar a memoria dos lugares, dos filhos do axé de cada casa, qual a relação dos filhos de santo com sua memoria ancestral, quem são seus pais, suas mães, qual a relação biológica e a de santo, a ligação que une as pessoas com sua historia, como lhe dão com a intolerância religiosa e trazem para seu dia a dia lhe dar com a rotina religiosa enfrentando o preconceito.
Mae Lúcia deu um depoimento falando de sua historia que vai ser disponibilizada no site que está ainda em construção, por estar em processo de iniciação aos poucos vai sendo exposto e será interativo, quem se interessar vai poder acessar e postar assuntos pertinentes que achem interessante para interagir com o site e servindo como instrumento de trabalho para todos. Vilma e Cintia foram estas pessoas que nos trouxeram mais esse orgulho de aparecer e contribuir por mais este avanço em relação a nossa ancestralidade e luta por mais espaço na sociedade.
O site terá hiperlinks ajudando a divulgar os trabalhos dos projetos de outros terreiros e interligar as casas umas com as outras para uma troca de conhecimentos vividos por todos que fazem parte da religião ou simplesmente se interessam pelo candomblé, onde podem acessar pelo endereço: http://ancestralidadeafricana.org.br/?page_id=128
Em alguns depoimentos colhidos ressalvamos o de Maria Geovana (8 anos) , filha do Ogã Gibson, ela falou sobre sua experiência como candomblecista sendo criança e estudante, onde começou desde a barriga da mãe que na época era ekedy da casa, relatou que explica sobre o candomblé aos amiguinhos da escola e como uma sábia criança ela disse tirar dúvidas dos coleguinhas e que cada um sabe de sua religião tendo de respeitar a dos outros. Já com santo assentado a 3 anos, Geovana tomou borí quando era de colo ainda, se defende e diz-se orgulhosa como negra, sendo aplaudida por todos presente no momento da entrevista.
Por: Andréa Gisele
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