fev
19

24º Encontro da Nova Consciência

Aconteceu em Campina Grande/PB o 24º Encontro da Nova Consciência – O Pensamento da Cultura Emergente / DESAFIOS para um FUTURO POSSÍVEL, no período de 13 a 17 de fevereiro de 2015, no SESC Centro Campina Grande. Nossa Iyá Lúcia Omidewá proferiu palestra neste encontro.
Após 10 anos sem ir à Campina Grande para a NOVA CONSCIÊNCIA, retorno muito mais consciente de minha responsabilidade para com a Religião de Matriz Africana. Agradeço ao professor Carlos André Cavalcanti, pelo convite. Obrigada a todas as pessoas que estavam conosco nesta luta contra o desrespeito a Diversidade religiosa em nosso País. Agradeço ao público que ouviu atentamente as nossas colocações, respaldados acima de tudo pelo Amor, a Paz e a Fraternidade. Que os Orixás nos abençoem sempre (Iyá Lúcia Omidewá).
O que é o Encontro da Nova Consciência?

Todos os anos durante o carnaval, a cidade de Campina Grande, Paraíba-Brasil, se transforma em um espaço para a ciência, a cultura, a Arte, as Tradições Religiosas e tudo o que diz respeito ao Patrimônio Cultura Imaterial. É o Encontro da Nova Consciência, evento que já é realizado há duas décadas, sempre com grande sucesso de público de todo o Brasil, constando nos calendários de turismo de eventos nacionais. Trabalhando nesses 20 anos com uma proposta de Cultura de Paz, o Encontro mudou a face da cidade que esvaziava no período de carnaval. Hoje a cidade recebe turistas de todo o Brasil, lotando a rede hoteleira, restaurantes, bares e serviços, mudando totalmente a economia local, que já funciona hoje com o sistema de hospedagem alternativa, por ser grande o número de pessoas que procuram opções que não sejam carnaval. Aqui acontece o Almaval – o Carnaval da Alma; celebração de valores que envolvem corpo – mente – espírito. O Encontro da Nova Consciência é um evento único no mundo conseguindo envolver em um período de cinco dias, as maiores personalidades nacionais e internacionais, para a abordagem de temas de interesse da humanidade, exercitando a tolerância, o diálogo Inter-Religioso, o Desenvolvimento Sustentável e Inclusão Social. Com inúmeros eventos paralelos, envolvendo pessoas de todas as idades e segmentos, o Encontro da Nova Consciência já conquistou seu espaço na mídia especializada e de massa com abrangência nacional, já tendo sido alvo de muitas reportagens nos meios de comunicação de maior alcance de público. A participação nas palestras e shows do Encontro é gratuita e não é necessário se inscrever para frequentá-lo, já que este é realizado por uma organização sem fins lucrativos.

ACESSE a PROGRAMAÇÃO:

https://sites.google.com/site/ongnovaconsciencia/programaao-geral

fev
06

Orisà IKÚ

 

ORISÁ IKÚ

Ikú é um Orisa de extrema importância, IKÚ é a MORTE.

Quando Odu Oyekú Mejí chegou a Terra, a morte ainda não existia. Orisá Ikú (morte) nasce nesse caminho para cumprir sua função no Aye, ele vem para por o fim na vida, o Opirá é momento derradeiro. Mas Ikú antigamente só levava a morte os que Olodumare ordenava, mas depois de um fato em sua existência, Iku se tornou Cruel e odioso. O Odú Oyekú Méji conta porque a morte passou a ser cruel como os humanos:

Ikú era o Orisa do Fim, e só fazia o que Olodumare ordenava. Por um engano, uma injustiça a mãe de Ikú foi espancada e morta na praça do mercado de Ejìgbòmekùn. Ikú ouviu e gritou alto, enfurecido! Assassinaram a mãe de Ikú! Iku fez do elefante a esposa de seu cavalo. Iku fez do búfalo sua corda. Ikú fez do escorpião o seu esporão bem firme pronto para a luta. Ikú batalhou contra os humanos e matava quantos podia e matava sem piedade, mas uma vez perdeu a luta. Ikú foi subjulgado, e seus inimigos o obrigaram a comer tudo o que era proibido comer, segundo o conceito do èwò. Os inimigos de Ikú foram a sua casa e chamaram Olójòngbòdú, a mulher de Ikú. Olójòngbòdú foi chamada cedo, pela manhã e os inimigos perguntaram o que seu marido não podia comer, o que ele tinha como èwò. Ela disse que Ikú, seu marido, não podia comer ratos. Eles perguntaram o que aconteceria se ele comesse ratos? Ela disse que as mãos de Ikú tremeriam sem parar. Ela disse que Ikú, seu marido, não podia comer peixe. Eles perguntaram o que aconteceria se ele comesse o peixe? Ela disse que os pés de Ikú tremeriam sem parar. Ela disse que Ikú, seu marido, não podia comer ovo de pata. Eles perguntaram o que aconteceria se ele comesse ovo de pata? Ela disse que Ikú vomitaria sem parar. Os inimigos de Ikú o obrigaram a comer todos os alimentos proibidos, isso o enfraqueceu e o impediu de matar sem qualquer critério, ou seja, a Morte foi subjulgada apenas depois que seus inimigos conseguiram que ele comesse o que era proibido comer. Ikú nao deixou de ter Ódio pelos humanos, e passou a comandar aos Ajogún ou guerreiros do mal: Aro, Ofo, Ejó, Egba, Fifitiwó, Akobá, entre outros. Ikú passou por grandes tristezas. Ikú e apaziguado, mas não é iniciado. Ikú é intimamente ligado a Nanã, Obaluaye, Ogun e Oya, também a Egun e a Iyamí. Ikú se veste de preto. Ikú é um Orisa que deve ser respeitado, pois todos o encontraremos um dia.

Asé!

fev
02

Itàn: Iemanjá ganha um Ofá de Oxóssi

Oduduwa, o rei de Ilê Ifé e pai de Ogum gostava muito de comer codornas, Oxossi era amigo de Ogum e então prometeu trazer muitas codornas para agradar Oduduwa. Na mata por três vezes ele capturou codornas e as colocou em gaiolas, mas as três vezes alguém abriu as gaiolas e deixou as codornas escaparem e Oxossi ficava cada vez mais irritado. Na quarta vez Oxóssi vigiou as gaiolas e ai sim pode levar as aves para Ifé. Oduduwa ficou estarrecido de tanta felicidade! E então ele bateu seu cajado no chão e disse: EM NOME DE OLORUM EU LHE CONCEDO UM DESEJO. PEÇA O QUE QUISER! Oxossi pensou no aborrecimento que havia passado nos últimos dias, então ele apontou seu arco e flecha para o céu e disse: DESEJO QUE ESTA FLECHA ATRAVESSE O CORAÇÃO DE QUEM ROUBOU AS PRIMEIRAS CODORNAS! Nesse momento a Rainha Yemú, esposa de Oduduwa recebeu uma flechada no peito e caiu morta! Yemú tinha pena das pequeninas codornas e por isso ela havia libertado as pombinhas que Oxóssi havia prendido. Oduduwa viu sua amada esposa ali morta, e tomado pelo Ódio ele sentenciou Oxossi a morte. Oxossi correu o máximo que pode, foram dias fugindo até que ele chegou próximo ao um grande rio, e na beira dele ele viu Iemanjá, sua amiga. Ele contou o que havia ocorrido, e então Iemanjá resolveu esconder Oxossi no fundo do rio por alguns dias até que Oduduwa de acalmasse. Iemanjá era irmã de Yemú e mesmo que ela estivesse triste ela sabia que Oxossi não teve intenção de ferir a Rainha, ele não sabia de nada. Iemanjá deu a Oxossi o dom de respirar de baixo d’água, e ele ficou sob sua proteção por muito tempo, mas chegou o dia de ir enfrentar Oduduwa, e Iemanjá foi com Oxossi para Ilê Ifé ter uma audiência com o rei. Eles foram recebidos por Oduduwa, Ogum e todos os membros da família real.  Iemanjá pediu a Oxossi que ele deixasse ela falar por ele, e assim foi, diante de todos ela se levantou e com um tom de voz firme ela se pôs a falar: “Saudo Oduduwa rei de Ifé e Ogum rei de Irê. Eu sou Iemanjá, filha de Olokun, irmã de Yemowô e da falecida Yemú. Senti toda a tristeza ao saber do falecimento de minha irmã, mas vi que sua morte foi um acidente, Oxossi não entrou nesta casa para trazer tristezas. Perdoe Oxossi eu lhe rogo Oduduwa! Yemú minha irmã também reconheceria a inocência de Oxossi! Oduduwa disse: “Yemoja Rainha de Egbado, a honrada Yemú foi a mulher que escolhi para ser minha rainha e Oxossi a tirou de mim. Me mostre que Yemú o perdoa e eu o perdoarei. ” Iemanjá pediu que lhes mostrassem o túmulo de Yemú, e então a guiaram até o jardim do palácio. Iemanjá se abaixou na terra e rezou a reza que os filhas de Olokun sabem rezar. O túmulo de Yemú cedeu e se transformou em um buraco muito fundo. Iemanjá pediu que lhe dessem uma corda e uma Cabaça, e então ela disse “Yemú mostre se Oxossi é inocente ou não”. Em seguida atirou a cabaça no fundo do buraco e ao levantar a cabaça ela estava cheia de água! Yemú havia se transformado em um poço. E a água que ela deu a Oxossi foi o que mostrou que ele era inocente. Oduduwa então disse a Oxossi: PELA INJUSTIÇA QUE EU IRIA COMETER AO LHE SENTENCIAR A MORTE, EU LHE CONCEDO MAIS UM DESEJO. PEÇA QUALQUER COISA… Oxossi então disse: Por toda a gratidão que tenho por Iemanjá ter salvo a minha vida eu desejo dividir minha sabedoria com ela, lhe dou meu Ofá (arco e Flechas) e lhe ensinarei a caçar, e a partir de hoje eu troco meus colares azuis escuros pelos colares claros da cor das roupas de Iemanjá. Então Oduduwa disse “Asé”, e até hoje Iemanjá Asesun carrega o Ofá de Odé e dizem que ela não o usa na caça e sim na GUERRA! “ÒDÉ OSÍ IMOLÈ ASÈSÚN IMOLÈ ARA WÀ ORÚN Ní OKÚN DÈ ÒDÉ OSÍ IMOLÈ ASÈSÚN IMOLÈ” (O Caçador é um Deus, Asesun é uma Deusa, todos vêem a união do Céu e do Mar, O Caçador é um Deus, Asesun é uma Deusa.) Asé.

jan
26

Apaoká – A Feiticeira


Existem muitas mulheres ancestrais, entre elas haviam três irmãs, três Iya Mi. Eram elas: Mepere, Bokolo e Bambá. Estas três Iya Mi fizeram um pacto, elas juraram jamais engravidar, nunca iriam gerar vidas. Porem, Bambá conheceu Orisa Okô o Senhor da agricultura, se apaixonou e com ele teve um filho. O filho de Bambá se chamou Odé Erinlé, o caçador de elefantes. Bambá após quebrar o pacto com suas irmãs vai morar em uma árvore chamada mogno-da-guiné, e então a Iya Mi recebe o nome de Apaoká. O filho de Apaoká funda a cidade de Ilobu próximo a Osogbo.
Apaoka no Brasil é cultuada na Jaqueira, a qual nomeamos de Apaoká por razão dela ser habitada pela Iya Mi, mas o nome em Iorubá da Jaqueira é Tapónurin. O nome Apaoká significa “em cada pé”, ou seja, em cada árvore, sendo que significaria que esta Iya Mi seria a de grande culto, a propria Osorongá, senhora das árvores sagradas. Se conta que Erinle (Ode Inle) tem profunda ligações com Oxóssi. Iya Bambá é considerada mãe de ambos e é cultuada tanto em Ketu quanto em Efon.
Apaoka é uma Iya Mi, ela não é iniciada em Orí.
Asé.

 

?Imagem meramente ilustrativa.

jan
02

IV Encontro Estadual do MOPS Paraíba e da ANEPS Paraíba

IV Encontro Estadual do MOPS Paraíba e da ANEPS Paraíba: Movimento Popular de Saúde e Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde

Entre os dia 18 e 20 de dezembro de 2014, aconteceu em João Pessoa nas dependências do campus da UFPB o IV Encontro Estadual do MOPS (Movimento Popular de Saúde) e ANEPS Paraíba (Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação popular e Saúde). O evento contou com a participação de vários coletivos de nosso Estado e de fora dele, discutindo as práticas educativas e suas ações voltadas para a saúde. O Ilê Asè Opô Omidewá esteve representado assim como a RENAFRO/PB (Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde) pelos filhos do Ilê: Vanuza d’Oxum (Omitolá) e Junior d’Iemanjá (Omimolé). Segundo os filhos da casa o encontro foi de grande proveito por percebermos que nossas práticas de saúde convergem para o bem das populações beneficiadas pelo trabalho de tantos coletivos bem como uma experiência enriquecedora em mostrar como nossas casas de culto afro são espaços mantenedores e promotores de saúde, no uso da fitoterapia e das ervas sagradas do Candomblé que mantem não só nossa saúde física, mas também nosso equilíbrio emocional. Formamos uma parceria com o MOPS e visamos articular outras práticas para juntos discutirmos saúde não só do povo de axé, mas a saúde de todos aqueles que buscam a fitoterapia e práticas sustentáveis de saúde (Por Junior d’Iemanjá).

dez
26

A lenda da criação

Conta a lenda que no princípio dos tempos existiam dois mundos: o Orum, espaço sagrado dos orixás, e o Aiyê, espaço dos seres vivos. No Aiyê primitivo só existia água. Um dia Olodumaré resolveu recriar o espaço para a humanidade que também criaria. Incumbiu, então, seu filho primogênito, Orixanilá (o nome mais sagrado de Oxalá) da execução dessa tarefa. Entregou-lhe uma cabaça contendo ingredientes especiais: a terra escura inicial, a galinha de cinco dedos, uma pomba e um camaleão. A terra escura deveria ser lançada sobre a imensidão das águas. A galinha de cinco dedos deveria ir ciscando a terra para alargá-la o mais que pudesse. A pomba, ao voar, orientaria a extensão da terra expandida e criaria o ar. E o camaleão, atento a tudo, observaria a execução da tarefa atribuída a Orixanilá, para reportar os fatos a Olodumaré. Assim foi explicado e, com seu cajado (opaxorô) e a cabaça da criação, Orixanilá iniciou sua caminhada do Orum para o Aiyê. Passou por Bará (Exu) e não pagou as oferendas devidas, mesmo tendo consultado Ifá e sabendo que devia fazê-lo. Em conseqüência disso, no meio do caminho Orixanilá sentiu-se cansado e com sede. Parou para descansar, bebeu um pouco de emu (vinho da palmeira do dendezeiro) e, embriagado, adormeceu. Seu irmão caçula, Oduduà (mais um nome da família de Oxalá), tendo-o seguido, recolheu a cabaça da criação e levou a notícia do ocorrido a seu pai, Olodumaré, pedindo a ele que o deixasse cumprir pelo irmão aquela tarefa de grande importância. Olodumaré concordou e, enquanto Orixanilá dormia, Oduduà criou a terra dos seres vivos. Depois de a galinha ciscar a terra, a pomba orientar a expansão do ar e o camaleão, que deu origem ao elemento fogo, verificar se a tarefa fora cumprida, surgiu a terra firme ou Ilê Ifé (que no idioma yorubá significa “terra que foi sendo ciscada”). Orixanilá então, vendo o mundo pronto, mostrou-se arrependido do seu ato de irresponsabilidade perante o pai. E, para que não se sentisse tão humilhado, Olodumaré resolveu, em um supremo ato de inspiração, dar a Orixanilá uma tarefa de tanta importância quanto a primeira: a de criar o homem que habitaria o Aiyê. Orixanilá usou o barro e a água para esculpir bonecos inanimados de todas as formas e de todas as cores. Olodumaré, então, soprou a vida nas narinas dos bonecos de barro, criando os seres humanos. Esse sopro da vida é chamado pelos iorubás de emi. Estavam então criados o mundo e o homem.

dez
26

Jatobá

ÁRVORES DA CAATINGA: JATOBÁ, JATAÍ, JITAÍ

Para que serve o jatobá? Serve para cicatrizar feridas e tratar asma, blenorragia, cistite, cólicas, vermes, doenças respiratórias, feridas na boca ou no estômago, prisão de ventre, coqueluche, disenteria, má digestão, fraqueza, problemas de próstata, tosse e laringite.

Propriedades da jatobá: As propriedades da jatobá inclui sua ação adstringente, antibactericida, antiespasmódica, antifúngica, anti-inflamatória, antioxidante, balsâmica, descongestionante, diurética, estimulante, expectorante, fortificante, hepatoprotetora, laxante, tônica e vermífuga.

Modo de uso da jatobá: As partes utilizadas da jatobá são suas folhas, casca e sementes.

Chá de jatobá: Colocar 2 colheres de sopa das cascas numa panela com 1 litro de água e deixar ferver por 15 minutos. Beber 3 xícaras ao dia.

Efeitos colaterais da jatobá: Não estão descritos efeitos colaterais da jatobá.

Contraindicações da jatobá: Não são conhecidas contraindicações da jatobá.

Casca de Jatobá para Cicatrizar Feridas: A casca de jatobá é um ótima para cicatrizar feridas, pois ela possui propriedades antibacteriana e anti-inflamatória, que facilitam a cicatrização e evitam a infecção, e ação antioxidante e estimulante que ajudam ao desenvolvimento de uma nova pele lisa e macia.

Ingredientes: 2 colheres (de sopa) de casca de jatobá; 1 litro de água.

Modo de preparo: Colocar as cascas, devidamente limpas, em uma panela juntamente com a água e deixar ferver por 15 minutos. Depois deixar esfriar, coar e beber a seguir. O chá pode também ser utilizado para lavar as feridas. Basta molhar uma gaze ou uma bola de algodão neste chá e aplicar sobre a ferida, deixando atuar por 15 a 20 minutos.

Quando a ferida começar a criar uma “casquinha” não se deve retirá-la porque ela protege contra a entrada de micro-organismos. O que se pode fazer para ajudar na cicatrização é tomar 1 copo de suco de laranja concentrado porque ele é rico em vitamina C que ajuda na regeneração dos tecidos.

dez
19

Opará – A Guerreira do Ouro

Conhecendo mais sobre Opará, a guerreira do ouro.

Opará é uma jovem guerreira que desde pequena gostava de luta, guerra e batalhas, alguns do reino de Oyó também a chamavam de ” Obirín Ogún ” que significa a mulher guerreira ou somente Guerreira, Opará é filha carnal de Obá a amazona guerreira rainha de Elekô com o rei do Oyó e senhor do fogo e da justiça Xángô. Ela é cultuada no Brasil como uma qualidade de Oxún, porém, Opará não é Oxún, mas sim um orixá distinto. Explicando tal fato, ocorreu que quando Xángô encontrou a orelha de Obá no seu prato predileto chamado Amalá, Xángô expulsou Obá de seu reino, porém, não permitiu que Obá levasse sua filha tão querida ainda criança, chamada Opará, então, como Xángô ainda estava casado com Oxún e Iyansã, mandou Oxún que era muito carinhosa e materna, cuidar de Opará. Assim foi feito, Oxún cuidou de Opará desde quando ela era pequena. Opará sempre via Iyansã lutando com uma espada e gostava de ver e copiar, até que vendo a vontade de Opará, Iyansã ensinou Opará e Onirá a lutarem, tal fato, que é por essa razão que Opará se tornou guerreira.

Opará era jovem, bela, elegante e sensual, gostava sempre de se arrumar como Oxún, a se perfumar e a seduzir vários homens com sua beleza, porém, sempre os assustavam com sua personalidade forte, brutalidade, força e violência, nunca foi de ter paciência com nada e nunca foi de ser a ” menina indefesa “, pois, Opará sabia se defender e a se virar sozinha. Opará ainda jovem, se envolveu não só com Ogún, seu grande amor, mas também com outros Orixás, tais como: Erinlé, Oxóssi, Omolú, Exú e Oxoguian. Quando nova, ainda com seus 15 anos, Opará foi prometida por seu pai Xángô a se casar com Exú, pois, Exú achou muito bela sua filha e em troca, Exú lhe daria algumas recompensas, mas Opará, independente como era, não queria se casar com Exú e renegou o mandato de seu pai Xángô a se casar, fugiu e se abrigou na floresta. Lá, ficou por dias, com fome, ferida, doente e magoada, foi quando Oxóssi o grande caçador rei de Ketú a encontrou, lhe dando abrigo, comida e curando seus ferimentos. Ensinou-lhe a caçar e a sobreviver no mundo a fora, nisso, os dois tiveram um caso, nada muito duradouro, pois Opará queria conhecer o mundo. Saiu a fora casou-se com Erinlé, fato que a fez brigar com Oxún Iyápondá, pois, nessa época Erinlé estava casado com Iyápondá, sabendo que Erinlé estava traindo, saiu para procura-lo e a deparou com Opará, as duas brigaram durante horas e horas até que Iyápondá rancou os dois olhos de Opará e a deixou cega, somente não a matando por pedido de Erinlé. Existe um Orín que se cita este pedaço do itón ( história ).

Ki lo sé mí Opará, Ki lo sé mí Iyápondá Rewé, rewé, rewé Ki lo sé mí Opará.

(Orín que diz que Opará briga intensamente com Iyápondá)

Opará ficou isolada, cega e perdida até que se deparou novamente com Oxóssi, este, ficando com dó, cuidou dela novamente e a levou até Omolú, onde este, o senhor da saúde e das doenças rei de Savaloú, curou os ferimentos e sua visão foi dada de novo por Orunmilá, fato que faz Opará tem os olhos cor de fogo. Opará também se envolveu com Oxoguian, após vence-lo numa batalha, se apaixonou e por pouco tempo ficaram casados, porque após disso, Xángô foi buscar sua filha para coroa-la como princesa de Oyó, e no dia de seu coroado, fugiu com Ogún, orixá na qual se envolveu primeiro, se separou e depois voltou devolta para casar com ele.

Opará é um orixá com envoltos mistérios, pouco se sabe sobre ela, isso acima é uma síntese de pesquisas feitas em Oxobô e em Oyó,para se saber do culto dessa divindade e, segundo os povos, existem mais cultos dela onde no Brasil seria as qualidades de Opará. As seguintes são:

Opará Nifá: A mais velha das Oparás, vive guerreando, tem enredo com Omolú e Oxoguian.

Opará Modé: É a caçadora que se envolveu com Oxóssi e com ele se casou, enda de amarelo, vermelho e azul e não come pata.

Opará Ofagí. É brava e esquentada no dendê, muito perigosa, tem enredo com seu pai Xángô, com sua mãe Obá, Iyansã e Erinlé.

Opará Rewê: Foi a que brigou com Oxún Iyápondá, muito guerreira e mulher de Ogún.

Essas são das poucas qualidades de Opará até agora se pesquisada, destacando, isto é uma síntese sobre isso, não se há totalmente uma certeza, mas sim mais um estudo sobre esse Orixá. Independente da qualidade, Opará tem ligação com Ogún, Iyansã e Oxún, devido a Oxún e Iyansã ter criado ela e Ogún ser seu marido.

Sua cor é o amarelo com vermelho, e seu metal pode ser o ouro ou até mesmo o cobre de Obá.

Saudação: Ki Lo Sé Opará!

dez
15

Aroeira (aroeira-da-praia)

Aroeira: planta medicinal com efeito anti-inflamatório, cicatrizante e antimicrobiano. Utilizada principalmente em casos de micoses vaginais (candidíase). A aroeira-da-praia está na lista de remédios oferecidos no SUS (Sistema Único de Saúde) no Brasil.

Nomes
Nome: a
roeira, aroeira-da-praia, aroeira-vermelha, aroeira-mansa, aroeira-pimenteira, poivre-rose
Nome binomial: Schinus terebinthifolius Raddi
Nome inglês: brazilian pepper tree, aroeira
Nome francês: faux-poivrier, aroeira
Nome alemão: Brasilianische Pfefferbaum
Nome italiano: aroeira
Nome espanhol: aroeira, pimentero brasileño

Família
Anacardiaceae

Componentes
Schinol, ácido masticadienóico, terebinthona , ácido ursólico citosterol, triaconte, simiarenol, e baurenona (terpenos, flavonoides, taninos, fenóis).

Partes utilizadas
Casca do caule

Efeitos
Cicatrizante, antimicrobiano, antiinflamatória, anti-séptica tópica

Indicações
– Feridas

– Micoses vaginais (vaginites, candidíase)

– Hemorroidas

– Estomatite

Efeitos secundários
Existem risco de reações alérgicas.

Estudos científicos indicam que a ingestão da aroeia-da-praia em altas doses pode ser tóxica.

Contra-indicação
Não existem estudos que comprovem a segurança do uso da aroeira durante a gravidez.

Interação
Nenhuma conhecida.

Preparações
Uso externo
– Decocção (1g de casca do caule secas, 150mL de água – fazer banho de assento três a quatro vezes ao dia)

– Gel vaginal

– Óvulos vaginais

– Extrato alcoólico

Onde cresce a aroeira?
A aroeira-da-praia é uma árvore de origem das áreas tropicais e subtropicais da America Latina. Encontrada geralmente em beiras de rios, córregos e em várzeas úmidas, mas cresce também em solos secos e pobres. Ocorre no Cerrado, Mata Atlântica e Pampa.

Quando colher?
Nunca retirar a casca da circunferência inteira da árvore.

Observações interessantes
– A casca da aroeira-da-praia é popularmente utilizada para tratar úlcera, problemas respiratórios, feridas, reumatismos, gota, diarreia, problemas na pele e artrite. Os frutos são utilizados na culinária como pimenta.

– Um estudo clínico publicado em 2003 na Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, realizado com 48 mulheres, demonstrou que o gel vaginal de aroeira é efetivo e seguro para o tratamento da vaginose bacteriana.  Além de ter potenciais efeitos benéficos na flora vaginal, devido ao aumento de lactobacilos.

– A aroeira-da-praia (Schinus terebinthifolius Raddi) muitas vezes é confundida com a aroeira-do-sertão (Myracrodruon urundeuva Allemão). As duas plantas são eficazes no tratamento de problemas estomacais, como úlceras estomacais, no entanto estudos de toxicidade da ingestão da aroeira-da-praia são contraditórios, portanto não a recomendamos para este fim.

– A aroeira está na lista de remédios oferecidos no SUS (Sistema Único de Saúde) no Brasil. A lista tinha 810 itens (medicamentos, vacinas, remédios fitoterápicos,…) em Março de 2012.

FONTE: Aroeira

dez
10

Orisà Aganjú

Aganjú não é Sangò, mas seu culto é muito ligado ao dele. Vamos conhecer esse Orisà! Aganjú não é qualidade de Sangò, ele tem um culto a parte e tem suas próprias Qualidades/Caminhos.

QUALIDADES DE AGANJU: Dizem que cada um destes foi uma encarnação do Orisà, e que Sangò pode ter sido uma destas reencarnações:

* AGANJÚ AGARÍ: É o mais velho, dizem ter ajudado Ogun e os Funfun na criação do mundo, este é o filho de OROINÁ, que é o a alma que habita o fogo.

* AGANJÚ KINIGÜA: Foi ele quem criou as estrelas, é fundador da família dos orisà do fogo. Filho de Yemú e Oduduwa é o mais saudado na Nigéria.

* AGANJÚ SOLÁ: É filho de Ayaba Ibain, ela o pariu dentro de uma fogueira. É um Orisà vaidoso e festeiro, habita Savé e as terras de culto a Nanã.

* AGANJÚ ALAFIN: O mais novo, que nasceu filho de Ajaka após a morte de Sangò. Foi o Sexto Alafin de Oyó e dizem ser a reencarnação de Sangò Barú, chamado também de Sangò Aganju ou Obaganjú. Não importa a qualidade, Aganju so come com as Ayabas : Y’Obba Annaní, Oya Akará, Osun Ipondá, Yemoja Asesun, Naná Ibain.

ITAN: AGANJÚ SE APAIXONA POR YEMOJA Oduduwa é Yemú deram origem ha muitos deuses antes de Yemu gerar os Sete príncipes das capitais da Nigéria antiga. Antes disso de Yemú nasceram Ogun e Aganjú, isso ainda no tempo em que a terra não girava, era parada sob o sol. Um dia Yemú pediu que Aganjú viajasse até as terras de sua irmã para ver como ela estava. Aganjú ao ficar cara a cara com sua tia Yemoja ficou extasiado com a beleza dela, e ela tambem sentiu um forte sentimento por ele, foi amor a primeira vista. Aganjú pegou a mão dela e quis levá-la para longe, ele a levou para o Ile Orenya (Centro da terra) e ela aceitou ir, eles então estavam casados. Nesse momento o Ase quente de Aganju e o Frio de Yemoja geram o Ibu Aganá (eixo sobre que a Terra gira) e então o mundo começou a girar. Ao perceberem a grandesa do que tinham gerado eles agradeceram a Olodumaré pelo seu dom de ter mudado o mundo. Sozinhos no centro da terra eles começaram uma das mais belas aventuras de amor vividas no tempo dosde Orisas. Aganjú que nunca havia tido uma relação sexual antes, era virgem e sentiu-se surpreendido com a experiência do amor. Yemoja foi capaz de ensiná-lo o sentido pleno da palavra IFÉ (Amor ). Ao mesmo tempo Yemoja foi surpreendido por sua vitalidade e virilidade, como ele foi um bom aluno ele aprendeu rapidamente! A relação desses dois Orisa trouxe movimento da terra e com isso as quatro estações climáticas. O amor deles so trouxe benefícios para humanidade. Um dia Yemoja quis voltar para o seu rio, mas ela não poderia se separar de Aganjú. O jeito foi carrega-lo para o fundo do Rio Yemoja. Quando Alafin Sango passava pelo rio Yemoja ele dançava sobre as águas sem afundar, dizem que ele dançava em honra a Aganjú, que é ancestral de sua família, e ao dançar ele Cantava: Oba Nisa ore lo Oke Odô… Oberi Omó… Oba Nisa ore lo Oke Odô… Oba Ko so Ayo… (O Rei está dançando sobre as águas do rio, diante de seus filhos, essa é a vontade do rei que não morreu) O símbolo de Aganjú é seu machado de cobre, e esse símbolo ele compartilha com Sango. Tudo de Aganju é vermelho!

Já segundo a tradição de Oyó, Aganju é sobrinho de Sangò e filho de Dadá Ajaká, alafim deposto pelo irmão. Quando Sangò caiu, Dadá Ajaká voltou à Oyó e reassumiu como o quarto alafim de Oyó. Após sua morte, o trono foi herdado por Aganju, quinto alafim de Oyó e neto de Oraniã. Nos mitos, Aganju é às vezes tratado como uma divindade primordial, associado à terra (em oposição à água) e às montanhas e vulcões.

Kabiecile!

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